O governo Temer anunciou proposta de reformulação do Ensino Médio dia 22 de setembro. Uma das justificativas para as mudanças é que cerca de 16% dos jovens entre 15 e 17 anos estão fora da escola. Há ainda a alegação de que, trata- se de um ensino estagnado e que precisa de mudanças. Até aí tudo caminha fazendo sentido. Porém, há pelo menos três propostas que demandam raciocínio político, educacional e cultural mais aprofundado. São elas:
- A retirada da obrigatoriedade das aulas de artes. Depois de tentar extinguir o Ministério da Cultura logo nos primeiros dias de governo, essa proposta é bastante estranha. Não fosse isso, sabe - se que, as transformações de qualquer povo não podem dispensar arte e cultura de lugar algum em tempo nenhum. O ensino médio abre as portas de jovens para o mundo dos adultos. Isso é TEMERário.
- As aulas de Educação Física não sejam mais obrigatórias. Pela mesma lógica das artes já não há o que discutir. Acrescento que uma semana após o término das Pára Olimpíadas e um mês depois do término das Olimpíadas no Brasil a proposta é essa? O Governo Federal informa em entrelinhas que, o legado dessa maravilha que o país assistiu deve ser NENHUM? Só pode ser isso! Não incentivará a partir das salas de aula a prática de qualquer que seja a atividade física que cria hábitos saudáveis, que pode fazer despertar pessoas para a prática esportiva, que auxilia a retirada de jovens do mundo do ócio e das drogas. Enfim, há muitos argumentos mais. É TEMERário!
A terceira questão: Poderão ser contratados professores sem concurso para as escolas públicas, apenas por notório saber. Não vou me alongar. Se fôssemos a Suíça, quem sabe, mas no Brasil , infelizmente a história nos diz que acontecerá a contratação de medíocres comprovando notório saber graças à "declarações " quaisquer, típicas de um país que dá jeitinho para coisas que até Deus duvida. É TEMERário.
Fora isso, sugiro que leiam as questões todas porque há muito mais polêmica.
Quero deixar claro que, não sou contra mudanças, mas avalio que inteligência, estratégias, competência e algum pensamento lógico que envolve médio e longo prazo é imprescindível. Sabemos quase todos que, nosso Ministro de Educação deixa muito a desejar e não representa a grande maioria da classe educacional brasileira. Trata - se de notório saber TEMERário!
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