domingo, 11 de setembro de 2011

Faz 10 anos!

Quem não lembra o que estava fazendo em 11 de setembro de 2001?
Eu estava trabalhando num prédio que ficava na Rua João Pessoa n° 300 no centro de Santos. Chamava - se Centro de Referência Social.
Aliás, não consigo lembrar como ficamos sabendo do que estava acontecendo. Não sei quem levantou a informação já que não tínhamos TV no local nem rádios ligados. Provavelmente o telefonema de algum familiar que estava assistindo levantou a lebre. Lembro bem das pessoas todas voltadas ao assunto e logo ele se espalhou. O trabalho praticamente parou e logo todos queriam sair mais cedo para almoçar e ver as cenas inacreditáveis do horror do terrorismo.
Na verdade eu achei aquilo tudo meio surreal. Achei que fosse coisa de boca a boca mal noticiada.
À tarde, quando vi as imagens do que tinha acontecido tive a dimensão do que eu tinha minimizado. Foi um horror! 
O que acontece de novo hoje comigo, é que assistindo a mesma cena de 10 anos atrás sinto que atualmente estou muito menos crédula que naquele dia.
Insisto em tratar a questão com distanciamento porque é muito irreal que a intolerância humana, a economia desenfreada e a política de dominação possam matar tanta gente inocente. A inocência nesse caso não tem conotação de alienação, nem de descaso, mas de inocência mesmo.
Todos tinham ido ao trabalho para mais um dia de salário garantido a fim de viver a vida e pronto. Morreram!
Outros voavam para se deslocar mais rápido para chegar a destinos que lhes eram necessários! Morreram!
Outros que esperavam por familiares e amigos ficaram sem eles.
E o mundo nunca mais será o mesmo desde aquele dia! 


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