sexta-feira, 27 de maio de 2011

Na estrada

Hoje foi batidão. Saí de casa às 5 da manhã. Santos e São Vicente estavam dormindo. Como não costumo estar na rua neste horário aproveitei para visualizar coisas do cotidiano das duas cidades. Os atletas do remo na Ponta da Praia estavam com pique total. Alguns poucos bicicleteiros faziam seu exercício rumo ao trabalho. Muitos de mochila nas costas e aí pensei que em longo prazo os problemas de coluna aparecem. Na orla inteira consegui ver dois "loucos" correndo e um passeando com o cachorro. Todos como se fosse sete da noite.
Já a população de rua batia recorde de movimento migratório da praia para dentro dos canais. Acredito que a perua da Prefeitura passe cedo pedindo para que eles não fiquem na praia.
Dentro dos  poucos carros na avenida da praia, pessoas que ainda estavam vindo da balada de quarta feira e outros que depois descobri, estavam a caminho de São Paulo.
Agora sobre a viagem... O trânsito desse horário rumo a São Paulo é absurdo. Minha sensação era de que eu estava fora de horário. Imaginei a estrada aberta e sem tráfego. Doce ilusão. O trânsito é pesado nesse horário. Assim, reiterei meu pensamento de que minha vida é realmente ótima porque ninguém merece uma rotina tão estressante desde às 5 e meia da manhã.
Na estrada o Rodoanel dá mostras do número de assaltos que pudemos ouvir e ver nas mídias. Fizeram um muro de concreto de mais de dois metros de altura para poder amenizar os riscos na região onde há muitas moradias nas adjacências da estrada. Isso fez o visual ficar muito concreto.
Um amigo que viajou comigo disse que no Rio de Janeiro os muros foram feitos de vidro em função do mesmo problema. Acredito que visualmente eles saíram na frente. 
Depois desse pedaço de estrada tenho a informar que o interior de São Paulo continua lindo e seco. Muito sol, uma temperatura amena e muito trânsito pra variar. A terra vermelha pode ser vista pelo caminho e as colinas das fazendas continuam dando tom ao interior.
No meio daquelas fazendas enormes algumas árvores que parecem solitárias em meio a tanto verde rasteiro. É um pedaço de Brasil que se desenvolve em silêncio aos olhos da urbanidade das metrópoles. Chegando a Bauru, uma cidade de cerca de 400 mil habitantes, tive a nítida sensação de estar numa cidade pequena. Esse valor de haver muita gente e muito espaço dá a sensação de dispersão e de que a cidade cresce ainda com poucos prédios, muita casa com quintal e varanda.
Uma agradável visão de cidade. Impossível não imaginar uma qualidade de vida considerável. Saibam que é gritante o número de buracos nas ruas, não posso deixar de comentar. Chega a saltar aos olhos. Em compensação o número de árvores alimenta os olhos de um verde que o planeta merece e precisa. 
Indo para a cultura, as casas de espetáculos que visitamos são lindas, com destaque para o Espaço Bauru.  Muito bom lugar que nos fará voltar brevemente. Costuramos espetáculos que em breve movimentarão a cidade. Por hoje é só o que consigo escrever frente o cansaço que toma conta do meu corpinho de bebê de mais de 40 anos. Preciso dormir um sono bom porque pela manhã iremos a mais três cidades. Posto depois sobre elas. 
Obrigada pelos acessos que continuam bombando. Agora somos oito países em contato. Estou muito feliz.

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