segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Sumida

Oi pessoal, ando meio sumida.
Tenho escrito demais! Algumas coisas de trabalho e outras para o futuro!
Peço que perdoem a ausência. Assuntos não faltam mas o cansaço mental bateu forte. Nada que o final de semana não tenha ajudado a curar. 
Nessa semana a Escola Duque de Caxias (municipal de São Vicente) completa 60 anos e as comemorações vão consumir um pouco. Afinal esse povo é festeiro. 
Na terça irei a uma reunião bem interessante. Começa a se configurar um movimento social importante em São Vicente. Novos Caminhos! Breve muitos poderão participar e acredito vão adorar a possibilidade de liberdade e de fazer mudanças importantes na cidade. Dar voz ao que temos guardado é uma sensação bastante especial.
No mais o Rock in Rio bombando! 
Muitos cachorros sendo depositados pelas ruas da cidade. Esta semana flagrei um carro deixando 05 cachorros na linha vermelha próximo ao morro do Carrefour. Estava do lado oposto e não consegui anotar a placa, mas a marca é Fiat. Precisamos denunciar isso. Os animais ficam machucados, assustados e além de tudo não sabemos se são ferozes ou mansos. Além do sofrimento deles, pois são todos adultos. Acabamos por ver a cidade repleta de animais nas ruas, desamparados e abandonados. Apelo que os que gostam de animais, por favor, vão até os locais de doação. Esses lugares estão repletos de cães que precisam de um dono. Os bichinhos de raça são muito bonitinhos mas o comércio está absurdo. Melhor darmos qualidade de vida àqueles que são considerados sem raça definida.
Esses ninguém quer. Tenho uma vira lata em casa.  Saibam que a inteligência, saúde, carinho, amizade e beleza, não difere em nada dos considerados "de raça". Animal bem tratado e bem cuidado fica maravilhoso.
Não podemos esquecer que somos todos vira - latas. Somos fruto de uma mistura enorme de povos e nos orgulhamos disso.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Deus

"Tudo balança porque Deus dança."


Frase de Lu Guimarães uma de tantas brilhantes anônimas.

Basquete

Enfim o basquete brasileiro participará novamente de uma olimpíada. Faz 16 anos que não temos o basquete masculino brasileiro participando. Assisti a uma entrevista de um atleta. Honestamente não lembro o nome dele agora, mas estava emocionadíssimo porque está com 36 anos de idade e irá pela primeira vez disputar um campeonato tão importante.
É realmente um feito dos atletas. Com tão pouco investimento, pouca divulgação e incentivo para a prática do esporte nos últimos 20 anos, temos que saudar os atletas. Foram guerreiros.
Somos mesmo brasileiros e não desistimos nunca.
Quase assim caminham os atletas brasileiros, exceto alguns do vôlei, tênis e futebol.
Ainda assim com muitas ressalvas.
Quando isso vai mudar? Quando trocaremos clínicas de internação, prisões, unidades da Fundação Casa por quadras e pistas?

domingo, 11 de setembro de 2011

Faz 10 anos!

Quem não lembra o que estava fazendo em 11 de setembro de 2001?
Eu estava trabalhando num prédio que ficava na Rua João Pessoa n° 300 no centro de Santos. Chamava - se Centro de Referência Social.
Aliás, não consigo lembrar como ficamos sabendo do que estava acontecendo. Não sei quem levantou a informação já que não tínhamos TV no local nem rádios ligados. Provavelmente o telefonema de algum familiar que estava assistindo levantou a lebre. Lembro bem das pessoas todas voltadas ao assunto e logo ele se espalhou. O trabalho praticamente parou e logo todos queriam sair mais cedo para almoçar e ver as cenas inacreditáveis do horror do terrorismo.
Na verdade eu achei aquilo tudo meio surreal. Achei que fosse coisa de boca a boca mal noticiada.
À tarde, quando vi as imagens do que tinha acontecido tive a dimensão do que eu tinha minimizado. Foi um horror! 
O que acontece de novo hoje comigo, é que assistindo a mesma cena de 10 anos atrás sinto que atualmente estou muito menos crédula que naquele dia.
Insisto em tratar a questão com distanciamento porque é muito irreal que a intolerância humana, a economia desenfreada e a política de dominação possam matar tanta gente inocente. A inocência nesse caso não tem conotação de alienação, nem de descaso, mas de inocência mesmo.
Todos tinham ido ao trabalho para mais um dia de salário garantido a fim de viver a vida e pronto. Morreram!
Outros voavam para se deslocar mais rápido para chegar a destinos que lhes eram necessários! Morreram!
Outros que esperavam por familiares e amigos ficaram sem eles.
E o mundo nunca mais será o mesmo desde aquele dia! 


terça-feira, 6 de setembro de 2011

Carlos Drummond de Andrade

Cortar o tempo

Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias,
a que se deu o nome de ano,
foi um indivíduo genial.

Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão.

Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui pra diante vai ser diferente.

Carlos Drummond de Andrade

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Educação Física

Ontem foi o dia do Professor de Educação Física.
Cometi uma falta "terrível".  Prometi postar os parabéns para esses profissionais tão importantes e esqueci.
É da idade!
Deem uma colher de chá.
Mas deles não esqueci não.
Aliás, impossível esquecer!
Minha grande amiga e irmã tem essa formação. Aliás foi ela que me chamou a atenção pela ausência. Ela veio ao blog e não achou  aquele alozinho.

BEIJÃO.

Pássaros

Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas.

Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do vôo. Pássaros engaiolados são pássaros sob controle. Engaiolados, o seu dono pode levá-los para onde quiser. Pássaros engaiolados sempre têm um dono. Deixaram de ser pássaros. Porque a essência dos pássaros é o vôo.


Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são pássaros em vôo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o vôo, isso elas não podem fazer, porque o vôo já nasce dentro dos pássaros. O vôo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado.


Cecília Meireles

Simplesmente ela:


(...) Em toda a vida, nunca me esforcei por ganhar nem me espantei por perder. A noção ou o sentimento da transitoriedade de tudo é o fundamento mesmo da minha personalidade.

(...) Minha infância de menina sozinha deu-me duas coisas que parecem negativas, e foram sempre positivas para mim: silêncio e solidão. Essa foi sempre a área de minha vida. Área mágica, onde os caleidoscópios inventaram fabulosos mundos geométricos, onde os relógios revelaram o segredo do seu mecanismo, e as bonecas o jogo do seu olhar. Mais tarde foi nessa área que os livros se abriram, e deixaram sair suas realidades e seus sonhos, em combinação tão harmoniosa que até hoje não compreendo como se possa estabelecer uma separação entre esses dois tempos de vida, unidos como os fios de um pano."