domingo, 25 de dezembro de 2011

Verão

Então, hoje chove.
Em parte do Brasil a chuva cai com vontade no dia de Natal.
Espero que independentemente do tempo que faz as pessoas possam curtir o dia  e sua representatividade.
Aqui no sul a temperatura baixou cerca de 07 graus nos últimos dois dias. Garoa o dia todo e a previsão é que esse tempinho suba para se encontrar com as pessoas do sudeste. Aproveitem bem porque uma boa chuvinha às vezes é ótimo. As temperaturas mais amenas também dão uma trégua ao calor que veio muito forte desde o início de dezembro tanto no sul quanto no sudeste.
Nas outras regiões o calor já havia chegado fazia mais tempo, porém isso é só o início do verão que começou faz dois dias.
O verão promete. Então, boas doses de protetor solar, muita sombra e água fresca não farão mal a ninguém.  Além da consciência de que nesse sol o melhor é se cuidar. Sem exageros e sabendo que as doenças oriundas do sol na pele podem causar câncer.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Natal!

Chegou o Natal de novo!
E o que dizer então desse dia tão antagônico nos tempos modernos?
Nasce Jesus e os ateus comemoram!
Nasce Jesus e os shoppings estão cheios de gente comprando presente a todos, menos para o aniversariante.
Esse tal de Jesus tem um calendário em sua homenagem, é responsável pela contagem de 2011 anos e no dia de seu nascimento come - se peru, pernil, bacalhau, farofas mil, etc. Poucos levantam um brinde por seu aniversário.
Pessoas que não se vêem há tempos, reúnem - se nesse dia umas com as outras, evocam que é Natal, desejam  mutuamente que seja um feliz Natal e nem lembram porque!
As TVs invocam nossa sensibilidade aguçada e mostram cenas de pessoas nas ruas, sem lar, crianças pobres recebendo presentes de pessoas que fazem doações, muitas cenas tocantes, especial de Natal e a festa católica vai além da religião, das crenças e de tudo que fez o Natal ser Natal.
Então é a festa de Deus que teve seu filho?
Por isso eu acho que o espírito que no Natal se estabelece, ainda que muitos não lembrem o motivo, deve representar o espírito de viver a vida.
Precisamos ser generosos o ano inteiro, precisamos ser pessoas boas o ano todo, acreditar que temos irmãos necessitados sempre. Enfim precisamos ser mais bondosos, menos estressados, valorizar o que de fato vale a pena.
Então desejo que no Natal relembremos quem somos e o que podemos ser. Quem podemos ser. Acredito no presente de ser simplesmente humanos. Acreditar no semelhante respeitando - o e recebendo - o bem em nossas vidas sendo quem é e do jeito que é.
Jesus, filho de Deus, feito a nossa imagem e semelhança como a igreja católica informa, gostaria de nós um pouco mais de humanidade, tenho certeza. Jesus ensinou o verdadeiro sentido do amor.
Se celebramos sua existência, nos espelhemos em sua trajetória, sejamos mais humanos. Desejo a todos muita hospitalidade com as diferenças, desejo que respeitemos o próximo e que saibamos conviver harmonicamente no mundo.
Homens, animais, plantas, aves, peixes, árvores, rios, mares e estrelas, todos juntos nesse tempo. Todos interligados. Todos necessários. Todos desempenhando sua função. Assim creio no nascimento de um feliz Natal e na continuidade da vida. 

Grego, um amigo lindo!

Dia 21 de dezembro morreu uma figurinha muito importante pra mim.
Não sou muito chegada a fazer distinções entre seres humanos e os demais, afinal acredito sermos todos figuras de Deus. Oriundos do divino pelo menos ( e então cada um convoca o Deus que quiser). Para mim todos os seres vivos são parte de uma mesma existência, participam de um mesmo tempo de mundo e são imprescindíveis para alguém e por algum motivo durante um tempo, dada a nossa finitude, nem que seja pela cadeia alimentar.
Quero falar do Titico para os íntimos e do Guego que na verdade se chamou Grego.
Viveu durante 16 anos, 09 meses e 21 dias. Tive o prazer de conhecê - lo quando tinha perto de dois anos acho. Já nem lembro bem, mas são anos que tenho uma irmã que o coração elegeu e que foi dona do Grego. Eu sempre o chamei de Guego da Táta dele.
Enfim, fiquei muito triste com a sua partida no dia 21. Ele foi um grande lutador, exemplo mesmo de como se deve lutar pela vida. Estava meio doentinho, mas se recuperava como fez até o dia em que foi vencido pelo calor associado a falta de ar. Lutava bravamente para continuar participando da vida de nós todos que o rodeávamos.
Nos últimos meses foi mais paparicado que nunca, afinal, além de mimado e muito bem cuidado ele estava velhinho e precisando de cuidados especiais.
O fato é que mais uma lição eu consegui tirar do convívio com ele. Devemos saber entender nossas limitações. Ele sabia no final que já não tinha muitas forças, então só gritava mesmo quando estava insuportável ,senão ficava quieto e calmo esperando que alguém pudesse ajudá - lo. Aprendi demais. Até conhecê - lo gostava de cachorro mas não tinha prestado atenção neles, gostava portanto, até a página dois.
Hoje sei que gostar mesmo de um animal é prestar atenção à sua linguagem e como se comunica conosco. E o faz sempre e cada vez mais quando percebe que é priorizado em algum momento. E quanto mais importante se sente, mais devolve em relação, convivência, respostas.
O Guego afinal me ensinou tanto que nos últimos dois dias tenho conseguido lembrar de antigas cenas que foram significativas de momentos diversos. Apesar de ser triste é rico e eu sou rica. Tenho muita coisa para lembrar diferentemente de muita gente que não presta atenção nos "bichos".
Lamentei sua partida porque sempre que a morte vem, nos encontramos com a nossa finitude e com a sensação de que infelizmente é como a música: " sei que nada será como antes amanhã. Que notícia me dão dos amigos, que notícias me dão de você".
Chega um tempo na vida da gente em que não temos mais notícias, somos uma revista repleta de lembranças. Página por página foleadas de muita saudade e de muitas lembranças de momentos felizes que não podem voltar mais. Não há como pagar, nem como apertar um botão de replay, nem voltar a fita, nem fazer nada, nem como chamar um técnico. Portanto, é um momento da vida em que nos encontramos com a nossa desimportância e com nossa falsa ideia de que temos o controle.
A morte nos leva para nossa vida real. Não temos controle sobre quase nada. Somos um grão de areia temendo o sopro do criador que pode nos varrer para sempre desse lugar de conforto. Mais uma vez o Greguinho me leva longe a pensar e a rever coisas e importâncias.
Eu gostava de dar picolé para o Grego nos muitos verões que pudemos passar próximos e juntos. Ele chupava picolé como ninguém. E nas refeições notei com ele e depois reparei em todos os cachorros, dos grandes aos minúsculos. Cachorro come primeiro aquilo que mais gosta. Nós humanos idiotamente deixamos o que mais gostamos para o final da refeição. Eles não! Saboreiam o mais delicioso primeiro, depois empurram o resto. Se não couber nem comem tudo porque afinal o melhor já foi. Passei a agir da mesma forma.
E a determinação canina então? Eles tem todo tempo do mundo quando querem algo e ninguérm os engana. Se eles quiserem fazem de conta que esqueceram, mas não esqueceram não. Enquanto querem algo, sabem pedir. Normalmente sentam - se próximo do seu objeto de desejo e aguardam até obte - lo.
E quando chega alguém de quem realmente gostam? Festa, muita festa! E quando não gostam? Indiferença pura, sem falsidade. Genuinamente honestos.
E sua alegria?
O Greguinho sempre foi muito inteligente. Sua inteligêncxia era realmente algo interessante. Tanto que tenho a minha cachorra que é muito inteligente também, mas nem perto do Grego.
Ele foi muito especial.
Do começo ao fim.
Sei que a minha amiga está triste e que queria mais dele. Todos que gostávamos dele queríamos. O fato é que tudo que é bom, dura pouco. Esse chavão é verdadeiro. Por que é muito bom, normalmente queremos mais. Mas temos que ter a generosidade no caso dos animais que amamos, de desejar que eles estejam bem. Nesse aspecto não tenho dúvida, ele está muito bem. Nós também precisamos ficar, afinal, tivemos o privilégio de na vida, gostar de "bichos". E de tê - los tão especiais. Saiba minha amiga irmã que ele só pôde ser tão especial porque conviveu com você que também é especial demais. E eu sempre feliz apesar de triste por ter o privilégio de participar.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

JN

Sai Fátima Bernardes e entra Patrícia Poeta no velho e conhecido Jornal Nacional.  Sucesso! 
Lembro na minha infância do meu pai pedindo silêncio porque era hora do Jornal Nacional. Naquela época era apresentado pelo Cid Moreira e depois Sérgio Chapelin. Na verdade não sei bem, já não lembro se eram os dois, acho que não.
Fato é que sabíamos do mundo através do Jornal Nacional mais que por qualquer outra forma de comunicação. O rádio era utilizado durante o dia, mas à noite era TV com certeza. Passam os anos e embora mudemos muitas coisas, parte delas não se alteram. Apesar de enormes transformações, das mudanças nos hábitos promovida em grande medida pela internet, nos últimos anos, não descarto grandes sacadas da TV brasileira.
Nesse sentido o JN no AR que faz parte do Jornal Nacional foi para mim a proposta mais interessante dos últimos anos. Acho que dá pra explorar muito mais.
Tomara que o diretor geral do programa faça isso. Imaginar a possibilidade de conhecer locais remotos e para onde não se faz turismo, indo até lá através de um programa de jornalismo, é uma ideia interessante. Para muitos a curiosidade acerca de comunidades, localidades, outras culturas, maneiras de viver, inexiste ou é algo sem muita importância. Para quem gosta de saber destas coisas o JN no Ar é fantástico.
Muitos podem dizer que não há nada novo em relatar situações peculiares, que aliás, isso é jornalismo. Mas para mim quando a TV da região se responsabiliza por uma matéria esta será apresentada de um jeito, quando chega um profissional de fora e apresenta, o olhar é estrangeiro apesar da ajuda local. Isso é antecipar nosso olhar sobre uma matéria. As chances de termos enfoques mais interessantes sobre aquela situação relatada é muito. 
O quadro surgiu para cobrir as eleições presidenciais e ainda bem que permaneceu apesar do término da eleição há aproximadamente um ano. Gosto muito.