sábado, 16 de julho de 2011

Viva as Estatísticas!

Hoje ouvi uma notícia acerca do número de assaltos em São Paulo.
Tive a terrível experiência de sofrer dois assaltos em São Paulo em menos de um ano. Sei que a cidade continua muito violenta. Prova disso foi a matéria divulgada hoje no jornal da Globo News pela manhã. Pois bem, as autoridades indagadas acerca do assunto, disseram que as estatísticas mostram que houve uma redução da violência. Que os casos são pontuais e que então reforçarão o policiamento nos locais que registraram o maior número de casos. Na Marginal Pinheiros bandidos colocam pedras no meio da estrada, o pneu fura e depois o assalto fica fácil. Quanto a isso informaram que infelizmente terão que estudar mecanismos de apoio à população. 
Depois que inventaram as estatísticas tudo fica muito explicável. Inexplicável mesmo é a realidade cotidiana de São Paulo. Com relação a essa violência toda, penso que é muito urgente trabalhar questões de fundo. Tenho falado bastante a respeito.
Sem políticas públicas sérias fica muito difícil mesmo. Daí dá - lhe estatística porque elas desculpam o que acontece. Só não sei como tanta gente acaba entrando nessa de acreditar no que os números dizem. Há números que de fato são incontestáveis. Números sérios de pesquisas e estatísticas sérias. Mas não se pode negar que os representantes do poder público de modo geral falam de números como falam de política pública e de serviços. Falam em seu nome ou em nome de sua permanência no poder. Não se pode perder isso de vista. Se muitas falas não são verdadeiras, porque os números seriam? Difícil, principalmente quando a gente observa e fica sabendo de muita gente sofrendo com violência e assaltos constantes.
Só pra finalizar, acredito que nossa democracia ainda esteja muito longe de estar consolidada. Enquanto os políticos ou seus representantes não se entenderem servidores da população e , enquanto a população não os considerar seus servidores, teremos meia democracia.
Esse regime de governo estará a salvo de sucumbir quando as discussões com a população acontecerem sem interesses reais de permanência no poder. Se dividirmos problemas tentaremos buscar soluções conjuntas. O que acontece em muitas cidades é que nada se diz para que não haja crítica. Não é uma questão de dar ou não munição para os oposicionistas, até porque não existe praticamente oposição. Existem alianças e mais alianças. Com elas imaginamos viver numa democracia. Sim, de certa forma vivemos, mas a ideia de democracia não é essa. E se não fosse tão interessante permanecer no poder talvez estivéssemos em outro patamar enquanto povo, nação.
Sem discurso, é só um pensamento. 

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