sábado, 30 de abril de 2011

As relações...

Hoje conversando com amigos surgiu o assunto: porque as relações esfriam depois de algum tempo de convivência. Qual seria a fórmula para prolongar a sensação dos primeiros momentos de encontro? 
Foram muitos os palpites... Surgiram sugestões do tipo não se deve dormir junto mais que duas vezes na semana no máximmmmmoooo. 
É preciso certa distância para aumentar a saudade. 
Outra: Morar junto nem pensar, é a certeza de relacionamento morno em breve. É necessário um pouco de surpresa! 
Mais uma: dinheiro e sexo não caminham juntos (quando ele falta). Então, em tempos de vacas magras é preciso aumentar a criatividade, senão a relação pode gelar. 
Palpites à parte, dizem que importante mesmo é conversar.
Quase com sentido mesmo de fazer versos juntos.
É tão ruim quando a conversa acaba. Quem já viveu isso sabe bem que não fica agradável.  Vira fardo e a gente quer se livrar dos fardos e não há sexo que suporte isso.
Existe um ditado indiano que diz mais ou menos assim: para saber se vocês vão se dar bem e terão uma relação duradoura, responda a si mesmo se você gosta de conversar com esta pessoa. A admiração pelo outro só acontece com atitudes e palavras. Por melhor que seja o cheiro, o gosto, sem troca não há relação.
É também interessante que a gente pense em sempre ter nesse outro que está ao nosso lado um companheiro (a) e não uma polícia. Acho comum ouvir que isso ou aquilo o parceiro(a) não pode saber ou  que é melhor não contar porque ele(a) não vai gostar. E daí?
 Que relação se constrói dessa forma? Talvez seja bem legal pensar que não se deve fazer com o outro o que não gostaríamos que fizessem conosco...
Sem verdades, só uma ideia!

sexta-feira, 29 de abril de 2011

ELEFANTÍASE


Faço poemas para ninar os elefantes que moram em mim
são propostas,
respostas
minhas trombas cheiram no ar o clima
de tudo que não sei bem o que é
minhas patas gigantes pisoteiam
o que é óbvio,
com minha pança imensa
afago o que poderia ser
mas para sobreviver,
o que é,
escapa
enfim, minha elefantíase sem fim
vai caminhando pelas ruas e avenidas
sem passar despercebida
mas eu, que não consigo me olhar no espelho por inteiro
continuo sempre parecendo partes de mim
que só vejo, quando,
no escuro,
tento escutar pelo coração
que bombeia, bombeia
e derrama tromba afora!


Autora: Cláudia Zimmermann