quarta-feira, 13 de julho de 2011

Muita Gente

Muitos todos os dias nas ruas de Santos e São Vicente. Hoje tive que caminhar pelas duas cidades em momentos diferentes. Francamente, sem querer pegar no pé de ninguém, o que está acontecendo? Foram 3 pessoas em São Vicente pedindo comida. Em Santos uma moça fazendo xixi na calçada da praia, mais adiante um casal no banco com um cobertor. Na Avenida Pedro Lessa mais um casal e três rapazes. Esses todos pediam qualquer coisa conforme as pessoas passavam.
Comigo não foi diferente. Puxei um assunto rápido. Quis saber o que faziam na rua e quanto tempo fazia que estavam naquela situação. Todos, sem exceção conheciam os abrigos dos municípios e falaram mal dos locais.
Faço aqui o apontamento de que não dá mais pra segurar. É preciso trabalhar muito para a redução do quadro de exclusão que se manifesta e salta aos olhos nas cidades da Baixada Santista. Será que não está na hora de acontecerem ações metropolitanas verdadeiras? Será que não é urgente que as cidades trabalhem com acolhimentos institucionais coletivos, funcionários divididos entre as cidades, profissionais atuando de modo coletivo e sem as distinções de cidades?
Ou fazemos algo, ou teremos que conviver cada vez mais com a miséria humana nos saltando aos olhos. Apesar de muitos os acharem parte da paisagem, não devemos nunca esquecer que essa "escolha" de permanecer nas ruas não é de quem vive nela. Sem opção nenhuma, é lá que eles ficam. Podemos tentar enxergar através deles que tipo de política pública vem sendo executada nas cidades. Quem sabe?
Mudando de assunto: o Brasil do futebol masculino conseguiu desencantar. Ufa! Mas tava ficando feio né gente? 
Enfim, o que importa mesmo, quem sabe seja O ASTRO. Afinal é uma tendência brasileira chamar todo mundo de estrela. Então astro ou estrela tanto faz. Tem estrela na política, no futebol, nas rodas de amigos e na Globo tem O ASTRO.
O que acontece de diferente entre a Globo e nossa vida real? Se pararmos pra ler, no final de cada capítulo aqueles letreiros todos, nos depararemos com algo mais ou menos assim: "isso é uma ficção, qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência".
Pior que na vida real não passa letreiro algum e ninguém fala nada coerente. Aliás ninguém fala nada. Só coincidências. 
Lembrei de "Brasil, mostra a tua cara... quero ver quem paga pra gente ficar assim...Brasil, qual é o teu negócio, o nome do teu sócio... confia em mim". Música cada vez mais atual de Cazuza.
Minha homenagem ao dia do rock que é hoje. Depois de quase 80 anos de existência ainda o rock tem sempre muito a dizer. Já quem tem a obrigação de dizer... espera pra ver como é que fica.
Tá ficando ruim...

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